Cirurgia moderna de Catarata

Cirurgia Moderna de Catarata

A catarata é a opacificação de uma estrutura que age como uma lente dentro dos olhos (cristalino). As causas são variadas: decorrente da idade (Senil), após traumatismos oculares, após inflamações intraoculares (Uveíte Crônica), decorrentes de diabetes, usa de corticoides (medicamento muito usado nas doenças reumáticas), congênita (já existe ao nascer) etc.

O diagnóstico da catarata geralmente leva o paciente a uma ansiedade muito grande e algumas perguntas surgem de imediato:

1. O que fazer?
Depende da intensidade da catarata e do quanto ela prejudica a visão.

2. Óculos não melhoram?
Uma catarata inicial só muda a refração e nestes casos a mudança do grau dos óculos é suficiente para melhorar a acuidade visual, NAQUELE MOMENTO.

3. Como podemos evitar sua progressão?
Importante ressaltar que uma vez iniciado o processo da opacificação do cristalino, não dispomos de nenhum meio efetivo para atrasar ou evitar sua progressão (embora haja alguns colírios no mercado, não há comprovação científica).

4. É necessário aguardar a catarata “madurar”?
MADURAR a catarata é uma expressão usada para definir o momento certo para a cirurgia. Há alguns anos atrás com técnicas cirúrgicas menos seguras, geralmente “madurar” significava cegueira neste olho. Assim operava-se quando a pessoa não mais enxergava. Atualmente como o advento da FACOEMULSIFICAÇÃO (Cirurgia Moderna de Catarata), a decisão da cirurgia baseia-se não só na visão diminuída, mas também na ocupação da pessoa, na idade, no quanto a catarata está dificultando as funções habituais da pessoa portadora da catarata.

5. Qual a diferença entre a moderna cirurgia de catarata e a tradicional?
Designamos FACOEMULSIFICAÇÃO como Moderna Cirurgia de Catarata, por ser a técnica mais avançada. Através de um orifício de pouca mais de 2 mm, um aparelho emite ondas de ultrassom dentro do olho, “derrete e aspira a catarata. Através deste orifício, coloca-se um cristalino artificial (lente) dobrado. Isso geralmente dispensa o uso de sutura (ponto) tornando a recuperação visual mais rápida e a cirurgia mais segura.

6. A cirurgia de catarata não tem riscos?
Como todo e qualquer procedimento cirúrgico, ela não está isenta de riscos, porém temos que lembrar que catarata é uma doença e precisa ser tratada.

7. Uma pessoa com mais de 80 anos pode fazer cirurgia?
O tipo de catarata mais frequente é o relacionado à idade. A anestesia é local e o paciente é bem atendido, com uma avaliação clínica prévia pode ser submetido à cirurgia sem maiores riscos à sua saúde. Vamos lembrar que se um paciente já tem com a idade vários problemas, imagine se além de tudo ele não puder ver; atrapalhando para andar, para se relacionar com as pessoas, etc. E a catarata é a maior causa de cegueira evitável do mundo! Já operamos um paciente com 97 anos com ótimo resultado visual!

8. É verdade que nos pacientes diabéticos a recuperação é pior (não cicatriza)?
A recuperação do paciente diabético controlado é equivalente ao não diabético. É importante que ele esteja bem controlado e que uma avaliação oftalmológica prévia seja bem feita para detectar outras causas de baixa visual no paciente diabético como a retinopatia diabética.

9. Existe cirurgia de catarata a laser?
Não há nenhuma cirurgia aprovada para correção da catarata a laser. Este é um erro comum dos pacientes, associarem a moderna técnica de catarata à cirurgia a laser, esta realizada para correção da miopia, astigmatismo e hipermetropia.

10. A cirurgia e a recuperação da facoemulsificação são dolorosas?
Não, o procedimento dura em torno de 15 minutos, o paciente não costuma sentir dor nem durante, nem no período seguinte a cirurgia. O repouso é relativo, evitando realização de grandes esforços físicos, mas os pacientes podem retornar às suas atividades geralmente num tempo muito inferior do que antigamente.

11. Podemos operar a catarata sem implantar a lente intra ocular?
Uma preocupação frequente dos pacientes diz respeito à lente intraocular. É importante ressaltar que ao operar a catarata, extraímos uma lente natural do olho e ela precisa ser reposta, caso contrário voltaremos 50 anos atrás, quando os pacientes operavam a catarata e ficavam dependentes daqueles óculos com grau enorme (as chamadas lentes “fundo de garrafa”). Nos últimos anos, nós dispomos de um grande arsenal de tipos de lentes intraoculares. Elas diferem no material, no tamanho, uni ou multifocais. Todas estas diferenças são resultados de pesquisas com o intuito de diminuir a dependência dos óculos, materiais biocompativos. Somente o médico oftalmologista pode indicar a melhor lente para cada caso.